quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PERFIL – JEFF BRIDGES


10 – PROVOCAÇÃO (THE DOOR IN THE FLOOR, 2004)

Como adaptação da obra de John Irving, um escritor de bestsellers chatíssimo, é um ótimo filme. Vale pelas grandes atuações de Kim Basinger (cuja cena de sexo com o garoto é excelente) e do estupendo Jeff Bridges. Ted Cole é certamente um personagem complexo para este grande ator. Em luto pelas mortes de seus dois filhos adolescentes num acidente de carro, com o casamento indo por água abaixo, este escritor de livros infantis lida com a perda seduzindo e comendo várias mulheres. Observem a cena em que seduz Mimi Rogers, pedindo a ela para posar nua para um retrato.

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9 – A CONSPIRAÇÃO (THE CONTENDER, 2000)

Jeff Bridges faz nada mais nada menos que o presidente dos Estados Unidos. O filme discute a indicação de uma mulher (Joan Allen) para o cargo de vice, idéia do próprio presidente. A reação da ala conservadora, que deseja o cargo para seu representante masculino, o eterno vilão Gary Oldman, é disparar um ataque público fulminante, direto na sua condição de mulher. A atriz é maravilhosa, mas, mesmo como coadjuvante, Bridges oferece um espetáculo à parte. O seu presidente é enganosamente bobo, quase um alívio cômico do filme – o cara é um guloso (ele aproveita a sua posição privilegiada e sempre pede os sanduíches mais fantásticos), porém mostra quem é o chefe no final. Uma performance ambígua, sutil e inteligente.

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8 – O SUSPEITO DA RUA ARLINGTON (ARLINGTON ROAD, 1999)

Excelente filme de suspense. Jeff Bridges faz um pai dedicado, professor universitário e vizinho de casal aparentemente normal (Tim Robbins e Joan Cusack). No início, ambas as famílias desenvolvem fortes laços de amizade, especialmente entre os filhos. No entanto, O personagem de Jeff – Michael Faraday – vai descobrindo coisas estranhas sobre seus vizinhos, as quais o levam gradativamente da simples suspeita à paranóia absoluta. Michael precisa salvar o dia no final, mas dá de cara com uma péssima surpresa. O ator nos presenteia com uma interpretação eletrizante, perfeita para um thriller. Atenção especial para a assustadora atuação de Joan Cusack. Ela dá calafrios.

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7 – O ESPELHO TEM DUAS FACES (THE MIRROR HAS TWO FACES, 1996)

Um de seus papéis mais fora de seu espectro normal, Jeff Bridges está romântico e pateta. Como um professor de matemática que sempre perde a cabeça por um rabo de saia, Jeff decide casar com a amiga feinha e inteligente (Barbra Streisand) para ter um pouco de paz. As coisas mudam de figura quando ela passa por um “extreme makeover” enquanto ele viaja para divulgar seu livro. Comédia romântica simpática, pois mostra que o intelectual também pode ser sexy. Ri muito da noite de lua-de-mel em camas de solteiro separadas. Bridges fugindo da raia e tomando banho frio para baixar a bola é impagável. Tanto ele quanto Barbra provaram que são ótimos comediantes. Aliás, eu seria fã de Barbra Streisand se ela tivesse concentrado sua carreira na comédia. Para mim, ela como cantora é uma lástima.

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6 – STARMAN – O HOMEM DAS ESTRELAS (STARMAN, 1984)

Uma das melhores “sessões da tarde” da minha infância. Na verdade, era “Cinema em Casa” porque passava no SBT. Jeff faz um alienígena. Seu trabalho nesse filme é espetacular, uma vez que o espectador realmente acredita que ele é um extraterrestre. Ele nos convence sem maquiagem ou efeitos especiais; sua atuação é puramente baseada em expressão corporal e facial. Jeff deve ter tido um trabalho imenso se preparando e fazendo esse filme, porque ele conseguiu bloquear praticamente todas as emoções e reações humanas. Em “Starman”, Bridges mostra seu lado camaleão. De fato, não conseguimos reconhecer nada de sua persona natural nesse filme.

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5 – SEM MEDO DE VIVER (FEARLESS, 1993)

Jeff Bridges é um homem que se transforma num herói/anjo da guarda sem medo após sofrer acidente de avião e sobreviver. Vide crítica postada no dia 29 de agosto.

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4 – O PESCADOR DE ILUSÕES (THE FISHER KING, 1991)

Que combinação maravilhosa: Jeff Bridges, Robin Williams, Mercedes Ruehl, Amanda Plummer e Terry Gilliam. Jeff combina características conflitantes com muita habilidade. Jack Lucas começa o filme como um locutor de rádio dono de um ácido senso de humor e muitas vezes cruel com seus ouvintes. Depois de jocosamente convencer um de seus fãs a acabar com todos os yuppies de um certo bar, choca-se no dia seguinte com a notícia de que o psicopata foi lá e matou dezenas, inclusive a mulher de Robin Williams. Tempos depois, Jack está deprimido a ponto de contemplar o suicídio. Prestes a se jogar no mar com pedras amarradas nos pés, conhece Williams, enlouquecido e mendigo, pronto para salvá-lo de seu suicídio iminente. Os dois ficam amigos, especialmente depois que Jack descobre o que realmente aconteceu. Jack decide salvá-lo de sua difícil situação atual. Em certo momento, Jack descobre que Williams é apaixonado por Amanda Plummer e decide agir como casamenteiro. A cena em que Jack e sua namorada (Ruehl) convidam Robin e sua donzela encantada para jantar é fantástica. Aliás, quando os quatro dividem a tela, o filme vai de ótimo a espetacular. No entanto, Bridges merece mérito maior, pois seu personagem passa por uma miríade de crises e revoluções no decorrer do filme – da indiferença ao amor (romântico e fraterno), da crueldade à empatia pelo próximo, da depressão à euforia. Atuação primorosa.

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3 – BRAVURA INDÔMITA (TRUE GRIT, 2010)

Como já havia feito antes em “Wild Bill” (1995), Jeff encara o gênero faroeste brilhantemente. Dessa vez, o astro interpreta Rooster Cogburn, personagem antes retratado por John Wayne. Só digo uma coisa: Jeff Bridges é melhor que John Wayne, simples assim. Querem mais? O filme é dirigido, produzido e escrito pelos irmãos Coen. A menina Hailee Steinfeld dá um show e quase rouba a cena de Jeff. Os dois estão de igual para igual. Matt Damon, Josh Brolin e Barry Pepper estão ótimos, mas ficam para trás.

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2 – CORAÇÃO LOUCO (CRAZY HEART, 2009)

O astro finalmente e merecidamente ganhou o Oscar de melhor ator. Jeff é perfeito para o papel do cantor country Bad Blake, cujo ápice da carreira aconteceu há trinta anos. Blake é um alcoólatra deprimido que ainda toca nos bares do interior dos Estados Unidos por pura falta de opção e inércia. Sua vida dá uma reviravolta quando conhece Maggie Gyllenhaal e ambos se apaixonam. Blake se vê forçado a reavaliar sua vida e recuperar a felicidade perdida. Jeff canta e toca violão tão bem que quase passei a gostar de música country. Colin Farrell, como seu rival mais jovem, também mostra seus talentos musicais.

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1 – O GRANDE LEBOWSKI, (THE BIG LEBOWSKI, 1998)

Jeff Bridges é THE FUCKING DUDE! Mais uma dos irmãos Coen e um elenco sensacional. Jeff mais comediante do que nunca. Vide a crítica postada no dia 5 de setembro.

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Como bônus, segue o link da página de fotografias do site oficial de Jeff Bridges. O astro tira fotos fantásticas dos bastidores dos filmes dos quais participa há mais de vinte anos. Ele usa uma câmera especial, mais panorâmica. Suas fotos são tão boas que viciam. Quando as vi pela primeira vez, fiquei horas, especialmente as do filme “True Grit”.

Jeff Bridges - Website - Photography.

15 comentários:

  1. Muito bom perfil, só deixo de dever de casa assistir uns filmes mais antigos dele pra você conhecer um Jeff Bridges mais juvenil, especialmente Thunderbolt & Lightfoot (onde ele e Clint Eastwood são ladrões) e The Last Picture Show (com a Cybill Shepherd, primeiro filme dela, tá uma gracinha, 5 anos antes de Taxi Driver)

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  2. Pode deixar comigo. Esses dois já estão na minha lista de "coming attractions".

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  3. Do LPS eu só assisti umas cenas, eu mesmo tenho que assistir todo, já o TB&LF eu vi faz pouco, é uma combinação legal o Clint mais durão e ressabiado com o Jeff mais jovem e malandro hehe

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  4. Nice profile! Vou tentar acompanhar o blog daqui, ok? Estou viva e bem, embora ligeiramente atacada pelo jet lag.

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  5. Que bom que está viva e bem! Obrigado pelo seu prestígio de Atenas!

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  6. em coração louco ele mostrou que panela velha é que faz comida boa hihi pa-ne-lão
    em pescador de ilusões ele está no auge, mas acho que ele também está demais em susie e os baker boys, embora todos odeiem ele nesse filme. eu acho ele o maior bad trintão e acho que o harisson ford tentou ser bad trintão e só conseguiu a fama de chatinho. jeff rules!

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  7. hey! a técnica vocal da barbra streisand é perfeita! se bem que ela se acha e canta umas músicas de véiacoroca...

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  8. Fica a menção honrosa a Susie e os Baker Boys. Tem que ser excelente ator para ser tão escroto com a Michele Pfeiffer. E insisto que Barbra tinha que ter sido comediante em primeiro lugar e cantora nas horas vagas.

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  9. mas ela não tem nenhum senso de humor!

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  10. Relendo a lista eu pensei: eu teria colocado The Vanishing, só pra ter um Jeff Bridges vilão e medonho pra caralho na lista, eu lembro vagamente do filme mas eu tenho a recordação clara de como ele era escroto, haha

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  11. (E por "ele" eu digo o Jeff Bridges, não o filme)

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  12. Ele é realmente muito frio em "The Vanishing". Um verdadeiro serial killer. Mais uma menção honrosa.

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  13. Assisti "Coração Louco" no domingo e achei excelente. Grande atuação do Jeff (bem superior a "O Pescador de Ilusões", na minha humilde opinião).

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  14. olá...
    caí aqui e virei fã do seu blog...
    muito legal

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