sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PERFIL - HOLLY HUNTER

10 – E AÍ, MEU IRMÃO, CADÊ VOCÊ (O BROTHER, WHERE ART THOU?, 2000)

Holly Hunter faz uma quase ponta como Penélope (aquela do Ulisses), mas fiz questão de listar essa obra prima maravilhosa dos irmãos Coen. Seu desempenho não tem nada de especial; tenho certeza de que ela somente aceitou papel tão pequeno por conta de sua amizade com os diretores.

Link no imdb.

9 – A FIRMA (THE FIRM, 1993)

Mais um papel menor dessa fantástica atriz. No entanto, surpreendentemente, ela recebeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Ela mesma declarou que esse trabalho foi relativamente fácil. Sotaque sulista carregado, personalidade forte, poucas falas, crise emocional... um prato cheia para Hunter, que em 93, já tinha muita experiência com esse tipo de atuação. Ela seduz, faz rir, sofre a perda do homem que amava, ajuda Tom Cruise a sair de uma enrascada com a Máfia e se apaixona novamente no final. De fato, o filme fica mais vivo e colorido quando ela está presente.

Link no imdb.

8 – AOS TREZE (THIRTEEN, 2003)

Hunter retrata a mãe da protagonista: uma menina de treze anos, cujo gigantesco conflito de identidade e péssima influência de uma nova amiga causam a sua completa decadência. Da filha perfeita, bem comportada e boa aluna, a garota se entrega à rebeldia sem causa, regada a drogas, anorexia e shoplifting. Holly parte o coração do espectador como a mãe que se vê impotente diante da tragédia de ver sua filha pré-adolescente cair no submundo.

Link no imdb.

7 – ARIZONA NUNCA MAIS (RAISING ARIZONA, 1987)

Seu primeiro papel de sucesso. Aqui, Holly Hunter tem sua veia cômica aproveitada ao máximo. Esposa de um vigarista incorrigível (Nicolas Cage no auge da forma, ainda com cabelo), tudo o que ela deseja é ter um filho. Quando descobre que é estéril, se desespera a ponto de cogitar e, eventualmente, concretizar a insana idéia de abduzir um dos cinco quíntuplos de um ricaço da cidade, dono de uma loja de materiais de construção. É nesse filme que ela mostra as características únicas de seu timing cômico: nunca alguém foi tão engraçado quando chora ou quando fica com raiva. Confesso que sempre caio na gargalhada quando Holly começa o chorar profusamente. Sabe aquele pranto barulhento, que faz todo o corpo tremer em pequenas convulsões? Ela é mestre nisso. Ah, esqueci. Esse é outro filme fantástico dos irmãos Coen.

Link no imdb.

6 – COPYCAT – A VIDA IMITA A MORTE (COPYCAT, 1995)

Filme altamente divertido e bem atuado. Holly Hunter divide a tela com a rainha do suspense moderno, Sigourney Weaver. Nem preciso dizer que as duas carregam o filme nas costas. Aliás, se o casting não fosse tão poderoso, “Copycat” teria caído certamente na categoria filme B e estaria empoeirado na prateleira da locadora, totalmente esquecido. O mais importante para nós, no entanto, é que Hunter tem a chance de nos convencer como policial durona e corajosa, capaz de prender um perigoso serial killer, apesar de sua estatura diminuta e corpinho mignon. Obviamente, ela é bem sucedida na tarefa.

Link no imdb.

5 – ALÉM DA ETERNIDADE (ALWAYS, 1989)

Holly como par romântico de Richard Dreyfuss, num filme relativamente fracassado de Spielberg. Hunter está no seu território mais confortável como atriz: seu personagem, por falta de palavra melhor, é uma spitfire – super temperamental, porém doce e sensível. Holly Hunter nunca se encaixou em padrões de beleza e, mesmo assim, se destacou em papéis de romantic leading lady, fato raro em Hollywood. Prova de seu grande talento, especialmente quando interpreta mulheres fortes e passionais. Uma cena bonita desse filme acontece quando, ao som de "Smoke Gets in your Eyes", ela dança com Dreyfuss enquanto todos a admiram, pois, pela primeira vez, está vestida de “roupas de menina” - um vestido branco a la anos 80. E ainda tem uma cena com o hilário choro convulsivo.

Link no imdb.

4 – CRASH – ESTRANHOS PRAZERES (CRASH, 1996)

Em “Crash”, Holly Hunter mostra sua faceta mais versátil. A atriz interpreta uma mulher viciada em sofrer acidentes de carro para transar. É isso mesmo: sexo pós-acidente automobilístico. Esse é um daqueles filmes que provoca reações extremas da platéia. Muita gente saiu da sala de projeção antes do filme terminar. Baseado no romance homônimo de J.G. Ballard, a película serviu para Hunter quebrar o typecasting que tanto a incomodava – a já mencionada “Southern Spitfire”. No banco de trás do carro, ela manda ver no James Spader com gosto e mostra que seu compromisso com a arte não tem obedece a limites ditados por uma falsa moral. Além do mais, personagens obcecados por aquilo que os excita sexualmente são sempre interessantes de se ver. Dirigido pelo magnífico David Cronenberg.

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3 – VITÓRIA A QUALQUER PREÇO (THE POSITIVELY TRUE ADVENTURES OF THE ALLEGED TEXAS CHEERLEADER-MURDERING MOM, 1993)

Holly interpreta uma mãe psicopata. A maluca fica tão obcecada com o sucesso da filha como cheerleader, que começa a assassinar aqueles que se põem em seu caminho. Baseado numa história real. Preciso dizer mais?

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2 – NOS BASTIDORES DA NOTÍCIA (BROADCAST NEWS, 1987)

Excelente comédia romântica. Hunter faz uma inteligente e hiperativa produtora de telejornais de uma grande rede de televisão. Sua vida amorosa está dividida entre William Hurt, que se define pelos 3 Bs: Burrinho, Bonitão e Bem sucedido, e o FISPPSF Albert Brooks – Feinho, Inteligente e Sempre Preterido Por Ser Feinho. Roteiro ágil e ótimas atuações – Jack Nicholson faz uma ponta fantástica – fazem desse filme um interessante retrato do jornalismo nos anos 80. E mesmo para quem não se interessa muito pela área, a película também satisfaz como sessão da tarde. Como brinde, há várias cenas engraçadíssimas do famoso choro.

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1 – O PIANO (THE PIANO, 1993)

A pianista muda, que vive um caso de amor adúltero com um Harvey Keitel selvagem e cheio de tatuagens Maori, foi o papel que lhe colocou no hall das maiores atrizes de todos os tempos. Filmaço da diretora Jane Campion, pois nos deleita com atuações espetaculares, diálogos curtos e precisos, uma trilha sonora fantástica e imagens belíssimas da Nova Zelândia. Holly Hunter transmite ao espectador uma imensa gama de emoções sem dizer uma só palavra. Ela não precisou de dublê para tocar piano e tampouco se intimidou pelas inesquecíveis cenas de sexo com Keitel. Tais cenas tornaram-se clássicas por conta de sua beleza estética e da perspectiva adulta e provocativa adotada pelo roteiro. A evolução do relacionamento entre ambos é um show a parte. Do ódio ao desejo, ela passa pela paixão incontrolável e chega finalmente ao amor incondicional. E ainda tem o lindíssimo e trágico desfecho. A grande atriz nos marcou para sempre com a sua Ada. Primeiro filme de Anna Paquin, o qual lhe valeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante aos onze anos. Hunter logicamente ganhou o seu, assim como a diretora, que ganhou pelo roteiro. O filme ainda foi laureado pela Palma de Ouro em Cannes e mais uma série de prêmios mundo afora. Absolutamente imperdível.

Link no imdb.


18 comentários:

  1. quero entrosar com a galrea aqui (sic). kkkkkk

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  2. Hahaha

    (pra quem não entendeu a piada: http://www.sonaboa.com/vao-se-foderem/ )

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  3. isso é tudo entriga de vascaino de merda

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  4. Peso para que parem de postar bobajem nos topicos
    Este post é pra ser sobre a Roli Ranter!
    E falo serio
    Se não chamo meu bonde
    E vamos partir pra sima de voses

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  5. Além da Eternidade é talvez o único filme da História em que o hediondo papel de 'melhor amigo do protagonista' seja bem mais interessante que o próprio protagonista. Oh, John Goodman, where art thou? :)

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  6. Diego, seus seguidores fiéis aguardam a publicação do próximo post.

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  7. Senti falta de 'Feriados em Família', dirigido pela Jodie Foster e estrelado por Miss Hunter e Robert Downey Jr.
    Por que não entrou no top ten?

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  8. Sinal do fim dos tempos: (i) Igor não só comentou, como o fez duas vezes; (ii) Steve Jobs morreu; (iii) o blog não recebe atualização há 6 dias.

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  9. Volto na semana que vem!!

    E Feriados em Família deveria ter entrado! Menção honrosa para ele!

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  10. RIP Baixei um Filme
    Julho 2011 - Setembro 2011

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  11. Sou persistente (eufemismo para teimosa) e continuo acessando o blog diariamente, na esperança de vê-lo atualizado, conforme prometido pelo dono dele na ocasião de sua inauguração. Começo a suspeitar, no entanto, que todo o esforço tem sido em vão. Estou errada?

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  12. Foi pq a gente abalou aqui nos comments.

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