segunda-feira, 1 de agosto de 2011

CONTRA O TEMPO (SOURCE CODE)

Diretor: Duncan Jones
Ano de Produção: 2011
Roteirista: Ben Ripley

Atores Principais:
Jake Gyllenhaal – Colter Stevens
Michelle Monaghan – Christina
Vera Farmiga – Goodwin
Jeffrey Wright – Dr. Rutledge
Michael Arden – Derek Frost


(CONTÉM SPOILER)
No decorrer do filme, diversas perguntas me vieram à mente: é crível um personagem ter motivação e energia o suficiente para interferir na realidade e salvar algumas centenas de pessoas, (spoiler) quando ele sabe que está morto? Afinal, por mais que ele cumpra a sua missão e salve vidas, ele não estará vivo para se beneficiar disso. O que me leva a outro questionamento: Pessoas comuns são capazes de praticar atos totalmente altruístas? E, afinal, como deve ser a sensação consciente do estado de morte?

Esse é o ponto forte do filme. Sua natureza filosófica levanta dúvidas, questionamentos e, por isso, enquadra-se na categoria dos raros filmes que geram discussão.

O roteiro é bem concatenado até certo ponto e mantém a atenção de qualquer espectador em alerta até o fim. O fio da meada dificilmente é perdido entre as idas e vindas do protagonista, de sua cápsula ao trem e vice-versa, e estas são coordenadas de maneira eletrizante. O elemento de suspense no filme é muito bem utilizado.

No entanto, infelizmente, a história tem furos. Para aqueles fãs de cinema como eu, há furos e FUROS. Há aqueles que lapsos ínfimos, desprezíveis, que você dá um desconto porque imagina que foi falta de atenção dos realizadores ou, mesmo que intencional, a falha pode ser justificada com a famosa “licença poética”.

Por outro lado, o FURO subverte toda a lógica interna do universo do filme para satisfazer a necessidade imbecil hollywoodiana por um final feliz, cuja pieguice é irritante nesse filme. Além da quebra de lógica, o tom do filme é destruído, ou melhor, aniquilado no seu desfecho. 90% do filme pertence ao gênero ficção científica da melhor qualidade – sério, adulto - porém os seus últimos 10% desabam para um clima de auto-ajuda-fake-zen-feel-good-bullshit.

Esperava mais do diretor do excelente “Lunar”, o Sr. Duncan Jones, a.k.a. Zowie Bowie, filho de David Bowie. Para fazer justiça a ele, para todos os efeitos ainda um iniciante, dividirei a minha menção em duas.

Menção até os 80’: O
Menção para os 10’ finais: U


Link no imdb.

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