Diretor: John Milius
Ano de Produção: 1982
Roteiristas: John Milius e Oliver Stone
Atores Principais:
Arnold Schwarzenegger – Conan
James Earl Jones – Thulsa Doom
Max von Sydow – King Osric
Sandahl Bergman - Valeria
Gerry Lopez – Subotai
Mako – Wizard/Narrator
Conan, o Bárbaro. O título se impõe por si só. 130 minutos de batalha encarniçada, bruxaria, ambição e vingança.
Dada a época em que o filme foi rodado, jovens espectadores do século XXI podem se sentir um pouco entediados com a sua longa duração, principalmente porque a ação não é ininterrupta. Ao contrário, diversas cenas “paradas” não foram cortadas na sala de edição, porque servem o mero propósito de apresentar as motivações e os conflitos dos personagens, criar atmosfera, enriquecer os aspectos secundários da história, ou seja, tudo o que os diretores de “filmes de ação” desprezam hoje em dia. Mesmo que interpretado por nada mais nada menos que o “Mr. Governator”, pode-se dizer que o seu lacônico Conan, cujas falas, se postas em seqüência cobrem, no máximo, uma lauda, é um personagem mais autêntico e complexo do que aquele babaca do Shia LaBeouf do Transformers, por exemplo. No final, quando Conan já cumpriu sua missão, sabemos exatamente como e porque ele chegou ali e a sensação é de satisfação, pois torcemos pelo bárbaro, nos preocupamos com ele durante toda a película. Lógico, o Cimério é de carne e osso.
Enumero outros pontos fortes: o roteiro enxuto e muitas vezes literário. O narrador, de fato, é essencial ao filme, uma vez que o engrandece com linguagem poética e um tom épico. O vilão é espetacular. Mr. Earl Jones traz gravitas e elegância a um papel que, na posse de alguém menos habilidoso, certamente cairia no ridículo. Alem disso, graças à qualidade do roteiro, o seu monstro é um manipulador inteligente e corrompido pelo poder sobre o outro. Demasiado humano. Há líderes religiosos semelhantes a ele por aí.
O final é catártico e extremamente apropriado à história de um bárbaro. Não vibrar e ficar indiferente ao destino final de Conan e o seu rival, Thulsa Doom, é tarefa impossível. Surpreendentemente, o embate entre ambos acontece mais no plano mental do que o físico.
O que me leva a um ponto fraco: Thulsa Doom. Que porra de nome é esse?? Sem comentários. Se não fosse James Earl Jones...
(Spoiler): Uma cena pavorosa é Valéria voltando do mundo dos mortos para ajudar Conan a trucidar um dos responsáveis pela morte de seu pai. Vestindo uma roupa prateada, meio garota do Fantástico anos 80, ela reitera a sua pergunta recorrente ao Bárbaro: “Do you want to live forever?”
O que te faz pensar: será que é possível manter a admiração pelo filme depois dessa cena? Com certo esforço, eu consegui.
Menção: O
Link no imdb.
sábado, 30 de julho de 2011
HERÓIS MUITO LOUCOS (MYSTERY MEN)
Diretor: Kinka Usher
Ano de Produção: 1999
Roteirista: Neil Cuthbert
Atores Principais:
Ben Stiller – Mr. Furious
William H. Macy – The Shoveler
Hank Azaria – The Blue Raja
Janeane Garofalo - The Bowler
Greg Kinnear – Captain Amazing
Geoffrey Rush – Casanova Frankenstein
Eddie Izzard – Tony P
A escolha do primeiro filme a ser criticado nesse blog não poderia ter sido mais aleatória. “Heróis Muito Loucos” está longe de ser um dos meus filmes favoritos, ou mesmo um dos meus filmes menos favoritos. Simplesmente, foi o filme que eu baixei ontem.
É uma bagunça total. Sua irregularidade é enervante. Alguns exemplos genuinamente engraçados vêm de diferentes tipos de humor. Há cenas de sátira inteligente como aquela em que o Ben Stiller ridiculariza o Eddie Izzard porque o seu super poder como vilão é simplesmente uma arma de fogo – na verdade, com muita boa vontade, o filme pode ser visto como uma denúncia ao porte de armas. Comédia pastelão estilo três patetas também tem o seu lugar – Stiller tenta equilibrar um martelo na cabeça vestindo melancias como sapatos. Até piada de peido entra no filme: um dos “super-heróis” tem o poder de nocautear seus adversários com a pestilência de seus flatos. Por sinal, a cena mais fraca do filme acontece quando um gambá transa com a sua perna à noite de lua cheia, na beira de um penhasco. Bem “romântico”. Horroroso define melhor.
Em geral, o filme é bobinho. Tem uma aura infantil irritante. Mesmo sendo bem intencionado, o filme peca especialmente porque tem DUAS HORAS de duração! Absurdo um filme como esse ter mais de noventa minutos. Esse tipo de “spoof” deve obrigatoriamente ser sintético, conciso para prender a atenção do espectador até o fim. Senão, a piada-premissa cansa. Afinal, por quanto tempo é possível rir de gente comum se vestindo de maneira ridícula, tentando ser super-herói?
A cena que vale o seu tempo precioso: a segunda vez que o Stiller fica furioso, em cima da limusine do Casanova. Ele tentando arrancar do capô aqueles objetos de metal que representam a marca do carro, na unha, é imperdível.
Menção: A/M
Link no imdb.
Ano de Produção: 1999
Roteirista: Neil Cuthbert
Atores Principais:
Ben Stiller – Mr. Furious
William H. Macy – The Shoveler
Hank Azaria – The Blue Raja
Janeane Garofalo - The Bowler
Greg Kinnear – Captain Amazing
Geoffrey Rush – Casanova Frankenstein
Eddie Izzard – Tony P
A escolha do primeiro filme a ser criticado nesse blog não poderia ter sido mais aleatória. “Heróis Muito Loucos” está longe de ser um dos meus filmes favoritos, ou mesmo um dos meus filmes menos favoritos. Simplesmente, foi o filme que eu baixei ontem.
É uma bagunça total. Sua irregularidade é enervante. Alguns exemplos genuinamente engraçados vêm de diferentes tipos de humor. Há cenas de sátira inteligente como aquela em que o Ben Stiller ridiculariza o Eddie Izzard porque o seu super poder como vilão é simplesmente uma arma de fogo – na verdade, com muita boa vontade, o filme pode ser visto como uma denúncia ao porte de armas. Comédia pastelão estilo três patetas também tem o seu lugar – Stiller tenta equilibrar um martelo na cabeça vestindo melancias como sapatos. Até piada de peido entra no filme: um dos “super-heróis” tem o poder de nocautear seus adversários com a pestilência de seus flatos. Por sinal, a cena mais fraca do filme acontece quando um gambá transa com a sua perna à noite de lua cheia, na beira de um penhasco. Bem “romântico”. Horroroso define melhor.
Em geral, o filme é bobinho. Tem uma aura infantil irritante. Mesmo sendo bem intencionado, o filme peca especialmente porque tem DUAS HORAS de duração! Absurdo um filme como esse ter mais de noventa minutos. Esse tipo de “spoof” deve obrigatoriamente ser sintético, conciso para prender a atenção do espectador até o fim. Senão, a piada-premissa cansa. Afinal, por quanto tempo é possível rir de gente comum se vestindo de maneira ridícula, tentando ser super-herói?
A cena que vale o seu tempo precioso: a segunda vez que o Stiller fica furioso, em cima da limusine do Casanova. Ele tentando arrancar do capô aqueles objetos de metal que representam a marca do carro, na unha, é imperdível.
Menção: A/M
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